Sabe aquele sentimento que tem gosto, mas não é palpável? Que tem cheiro, mas não tem forma? É a saudade, a lembrança.
Momento nostalgia:
Estou com saudades dos amigos distantes, dos verões passados, das brincadeiras na rua. Morro de saudades da minha cama antiga, do amor antigo, daquela viajem de ônibus.
Saudades também do antigo eu.
De como eu conseguia decifrar tudo e todos. De como eu me apaixonava por tantas coisas e tantas pessoas ao mesmo tempo. De sentar, ouvir música e não precisar/querer me preocupar com nada...
Eu, às vezes, fecho os olhos, e sinto o cheiro do verão que dei o meu primeiro beijo. Fecho os olhos e vem o gostinho daquela torta de amendoim que eu comi inteira antes do intercâmbio...
Saudades. Queria poder dizer “volta logo” para coisas e pessoas que não voltam mais. Queria poder pensar que essa saudade tem tempo determinado para acabar. Mas não tem.
Talvez seja por isso que ela é tão amarga e doce ao mesmo tempo.
Me resta aproveitar o presente antes que eu começa a sentir saudades dele também...
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